quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pesquisas da Residência Odontológica ganham destaque

O programa de residência odontológica do Hospital Municipal São José tem apenas dois anos e já rende frutos para a comunidade acadêmica. O artigo “Síndrome de Gorlin: relato de envolvimento familiar” é resultado do trabalho dos residentes Rafael Hilgerp e Felipe Ribeiro e foi publicado na BM&F (Revista de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial) – o periódico mais importante dessa área.


A Síndrome de Gorlin é uma doença hereditária. O cirurgião dentista Luiz Afonso da Fonseca, coordenador da residência odontológica, explica tratar-se de “uma patologia que reside no código genético, precisamente, em um gene dominante. Isso significa que a chance de o portador passar para os filhos é muito grande”.


O estudo teve início em 2009 com o acompanhamento de três pacientes do hospital, um homem e suas duas filhas. As meninas são de mães diferentes, o que torna o caso ainda mais peculiar e fértil para o desenvolvimento de pesquisas científicas. “A Síndrome de Gorlin é de alta complexidade. Foram anos e diversos médicos até a família descobrir o diagnóstico aqui no São José”, explica o dentista Rafael Hilgerp sobre a relevância dos registros.


As principais manifestações da doença são carcinomas basocelulares (câncer de pele), tumores odontogênicos ceratocísticos (cistos na região da boca) e anomalias esqueléticas. Pessoas que têm a síndrome apresentam um índice de reincidência dos tumores bem acima do normal. E, como não há cura, o tratamento é para toda a vida.


Para o dentista Felipe Ribeiro, a pesquisa servirá de base para um mestrado e, depois, doutorado. “É um caso raro e interessante que precisa ser explorado”, destaca. Além do artigo, foram desenvolvidos outros nove trabalhos. A apresentação foi feita em congressos, durante o ano, em Curitiba, São Paulo e Chapecó, onde os residentes foram premiados pelos paineis.


O credenciamento da residência odontológica foi concedido pelo Ministério da Educação (MEC) e Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2008. No ano seguinte, foi realizado o primeiro concurso. O objetivo do programa é multiplicar o conhecimento, uma vez que o Hospital São José é referência em trauma facial, patologias e deformidades dento-faciais. Considerado pós-graduação, especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, o curso tem duração de três anos e carga horária de 60h semanais. Este ano, foi realizado o terceiro concurso, que contou com 13 candidatos inscritos.



O cirurgião dentista Luiz Afonso da Fonseca é formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. Especialista e Mestre em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela PUC do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. E Doutorando em Estomatologia pela PUC do Paraná, em Curitiba. Servidor público municipal desde 1988, atua no corpo clínico do Hospital Municipal São José desde 1998. Atualmente, é coordenador da Residência Odontológica.


O dentista Rafael Hilgerp é formado pela Universidade Federal de Pelotas (RS) e está no segundo ano da residência.


O dentista Felipe é formado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (RS) e está no primeiro ano da residência.


Há alguns anos, o Hospital São José ganhou um Papai Noel. O bom velhinho, no entanto, chegou com um quadro clínico preocupante. Os braços e as pernas estavam se soltando do corpo. A cabeça também parecia pender.

Sr. Noel foi atendido pelo médico e fez alguns exames. Diagnóstico: “quebrado”. A forma arredondada ao longo dos poucos 30 centímetros, talvez, tenha sido a causa. Ele foi encaminhado à Ala B, onde ficam os pacientes da Ortopedia.


Lá, recebeu a atenção dos enfermeiros e técnicos. Ganhou curativos, faixas e uma tipoia. Ano passado, ganhou uma muleta e, este ano, cama e tração para ajudar no tratamento de uma fratura de fêmur.

O bom velhinho apresenta excelente recuperação e promete retribuir todo o carinho à equipe da Ala B.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Hospital São José na luta contra o câncer

No Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, o Jornal Notícias do Dia trouxe uma reportagem especial sobre a realidade de pessoas que lutam contra a doença. “Histórias de luta pela vida” conta a rotina e a esperança de quem está internado, ou faz tratamento, na unidade de oncologia do Hospital Municipal São José.


O câncer é a segunda causa de morte no Brasil. Em 2009, o Hospital São José atendeu 18.066 casos da doença – sendo 15.226 moradores de Joinville e 2.840 de outros municípios. Este ano, só até outubro, já são 14.146 casos registrados – 12.080 de Joinville e 2.066 de outros municípios.


O médico Ricardo Polli, radiologista do hospital, apresentou à reportagem do NDia os tratamentos oferecidos na unidade. E, falou das vantagens que o acelerador linear irá trazer, em relação à bomba de cobalto. Na quinta-feira (25), técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) vistoriaram o equipamento. A análise servirá como base para a autorização de seu funcionamento – o relatório final deve ser apresentado nos próximos dias.


De janeiro a outubro deste ano, o São José realizou 26.284 sessões de radioterapia, em 875 pacientes. No mesmo período, foram feitas 11.476 sessões de quimioterapia, em 7.283 pacientes. Durante todo o ano de 2009, foram 30.167 sessões de radioterapia, em 1.089 pacientes; e 12.411 sessões de quimioterapia, em 8.012 pacientes.


O Jornal A Notícia, de sábado (27), também abordou o tema. A edição trouxe os índices de mortalidade da doença, em Joinville, de dez anos para cá. Em 2000, foram registradas 281 mortes por câncer, na cidade. Este ano, de janeiro a julho, já são 293.


As estatísticas mostradas na matéria do AN indicam que o número de vítimas do câncer dobrou, em Joinville, na última década. Em 2000, a média era de cinco mortes por semana. Hoje, são registradas cerca de dez mortes por semana.


Ricardo Polli também falou à reportagem do AN. Para ele, a doença avançou em função do ritmo de vida acelerado das pessoas, seus hábitos alimentares, exposição prolongada ao sol e consumo de álcool e cigarro.


O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura do paciente. São raros os tipos de câncer que podem ser prevenidos, por isso a realização de exames e o cuidado com a saúde são os principais aliados no combate à doença.


O Hospital São José agradece a todos os servidores e colaboradores do setor de oncologia. Agradece, também, a atenção do médico Ricardo Polli, que recebeu prontamente a imprensa, inúmeras vezes. E, em especial, os pacientes Araci Martens, Aline Knopka, Raimundo Alves dos Santos, João Albino Chucorz, Josiane Klitzke e João José da Silva, que tiveram a sensibilidade de compartilhar suas histórias e contribuir para a conscientização da sociedade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Hospital São José recebe a rainha


Servidora do Hospital São José há um ano, Fernanda Weinrich chegou ao trabalho como nunca antes: feito uma rainha. Natural. Desde que recebeu a coroa da 72º Festa das Flores, a jovem vem mostrando habilidade quando o assunto é administração.

A rainha das flores 2010 tem uma vasta agenda de compromissos, que concilia com os deveres de plebeia. Hoje, Fernanda participou de um programa televisivo e, logo em seguida, correu para bater o cartão no São José.

Com faixa e coroa, a agente administrativa mal pisou no hospital e já precisou atender a pedidos de alguns súditos. Antes que Fernanda pudesse se trocar, os colegas insistiram para tirar fotos. “E tanto fizeram, que acabei indo até o refeitório vestida assim”, conta a bela.

O grupo de voluntárias do São José decorou os espaços com guirlandas e diversos enfeites que pintaram de alegria os ambientes. A recepção do setor de internação, entrada principal de visitas, ganhou um presépio e o maior pinheirinho do hospital.


Mais que colaboradoras, as voluntárias são grandes amigas do São José. E as ações que realizam exprimem o real sentido da palavra doação.


Esta semana, o Poder Legislativo também reconheceu a importância do serviço voluntário para a Saúde de Joinville e região. O vereador Manoel Bento apresentou uma moção que parabeniza o grupo pelos 25 anos de dedicação. O documento oficial, que valoriza a atuação das voluntárias, foi votado e aprovado pela Câmara de Vereadores.




Os corais da Igreja Evangélica Luterana do Brasil também presentearam o Hospital São José com mensagens natalinas.


Há cerca de dez anos, uma vez por semana, os grupos visitam o hospital. Com a aproximação do Natal, as canções de esperança enchem de emoção os corredores.


O Zequinha agradece o carinho!